A discussão sobre militantes de Direitos
Humanos ameaçados de morte no território paraense vem sendo retomada pela
Defensoria Pública do Estado e a Universidade Federal do Pará (UFPA). O
Defensor Público Marcio Cruz, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos
Humanos (NDDH) da Defensoria, e a professora Paula Arruda, coordenadora do
Laboratório de Justiça Global e Educação em Direitos Humanos (LAJUSA), juntamente
com as equipes técnicas de ambas as instituições, uniram forças para solucionar
o grave problema na região.
Durante reunião realizada na sede do NDDH, a
UFPA apresentou projeto de proteção das pessoas ameaçadas, solicitando a
parceria da Defensoria na primeira etapa do projeto, que é um diagnóstico
desses militantes nas regiões em que ocorre o maior índice de ameaças, além das
questões sociais envolvidas, os motivos das ameaças, e outros dados.
Márcio Cruz destacou a importância da parceria
com a Universidade Federal do Pará para o mapeamento dessas demandas de
denúncias das violações de Direitos Humanos. “A experiência da UFPA com a
prática que construímos no programa da defesa dos Direitos Humanos vai garantir
que o assunto não perca a visibilidade como vem perdendo”, declarou.
Segundo a professora Paula Arruda, a UFPA
somará experiências com a instituição. “Nós vamos fazer uma análise na questão
da comunidade envolvida, das áreas que estão no processo de criminalização e
intimidação e que afetam os Defensores de Direitos Humanos na Amazônia”,
pontuou.
O projeto será apresentado na Organização das
Nações Unidas (ONU), precisamente na Comissão Interamericana de Direitos Humanos
(CIDH), em Washington, com a intenção de que o problema dos militantes do
Estado do Pará ameaçados de morte seja divulgado no âmbito internacional.
O pesquisador e mestrando do curso de
Psicologia da UFPA, Igor do Carmo, será o encarregado da pesquisa dos
documentos do programa. Ele abordará o perfil psicológico dos Defensores de
Direitos Humanos ameaçados e outras questões relacionadas ao problema.
Uma das principais tarefas do pesquisador
será atualizar a lista com os nomes dos Defensores de Direitos Humanos que
estão na lista de ameaçados. A última relação teve atualização processada ainda
em 2008, e agora a tarefa do mestrando será a construção da organização desses
dados. A primeira etapa deste projeto começará em setembro deste ano.
Felipe Mendonça – Diretor de Comunicação e Marketing
Fonte: Divulgação
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