A atuação da Clínica de Direitos Humanos da Amazônia, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará, foi fundamental para a condenação do Estado Peruano, pois seus integrantes participaram de todo o processamento internacional do Caso perante o tribunal, promovendo atividades tanto na esfera processual, junto a representação das vítimas, mediante a produção de peças processuais, oitiva de testemunhas e sustentação oral em audiência pública perante a CorteIDH, quanto na perspectiva acadêmica, ao apresentar um Amicus Curiae sobre a criminalização do ato médico.
Tais atividades foram desenvolvidas pelos integrantes do Projeto de Extensão Proteção Internacional dos Direitos Humanos, coordenado pela Prof. Dra. Cristina Terezo, e contou com a participação de discentes da graduação e pós-graduação em Direito, assim como a colaboração de advogados e defensores públicos, que prestaram assistência técnica ao Defensor Interamericano Carlos Eduardo Barros da Silva, responsável pela representação das vítimas do presente Caso.
Esta foi a primeira vez que uma Clínica de Direitos Humanos no Brasil participou de uma demanda internacional perante a CorteIDH, atuando junto a representação das vítimas e logrando a responsabilidade internacional de um Estado, o que ressalta a importância desta realização para a formação dos estudantes envolvidos em profissionais qualificados para a defesa dos Direitos Humanos na América Latina.